sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Colombina e Pierrô.


A alegre Colombina em seu coração guardava segredos jamais imaginados por seres humanos comuns.

Em meio a confetes e serpentinas chorava a dor de um amor desfeito. Em sua triste solidão pensava em Arlequim, rapaz esperto, ágil, que com palavras românticas lhe deu amor e roubou seu coração e sua alma.

Pelos cantos Colombina tentava esconder a sua dor, mas ainda em seus sonhos lembrava-se dos doces beijos daquele grande traidor que se foi deixando-a na solidão.

Felizmente em meio a toda essa tristeza surgi Pierrô com seu olhar triste, sua ternura e sua alegria de viver contagiante.

- Oh Colombina, dizia o alegre Pierrô.

- Ria e o mundo rirá com você.

- Chore e chorará sozinha!

Isso foi o suficiente para despertar na triste Colombina um pequeno e tênue fio de esperança.

Pierrô com sua sagacidade foi despertando pouco a pouco na pequena Colombina, sentimentos alegres enterrados naquele mundo imaginário de tristeza.

E dia após dia a pequena descobria novas alegrias para caminhar. Esta recupera parte do que lhe foi tirado e de mãos dadas com Pierrô seu novo amigo caminha rumo ao desconhecido sem medo, porque essa amizade não possui regras claras apenas sorrisos.

Tornam-se cúmplices em suas alegrias, tristezas, paixão pela vida, desconfianças, admiração mútua, ingenuidade...

Mostrando ao mundo que a vida continua e que nas fases ruins é sempre bom ter um amigo para te carregar quando o caminho esta repleto de pedras.


L.

2 comentários:

  1. Pierrô realmente é muito sábio e gentil.
    Basta Colombina entender que Arlequim mesmo parecendo ser bom... Nunca lhe fez bem de Verdade.

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